Onde está a chave do sucesso? Veja o que descobriram:
- Aqueles que permaneceram em forma não se sujeitaram a dietas radicais nem a programas dispendiosos.
- 85% evitaram sopas e suplementos alimentares para substituir as refeições.
- Reduzir porções, comer mais frutas e verduras e suprimir doces e fast food foi a receita seguida à risca por mais da metade daqueles que permaneceram em forma por mais tempo.
- Abandonar o sedentarismo é uma fórmula imbatível de driblar os efeitos nocivos do excesso de comida. Para 81% das pessoas que conservaram o peso, fazer exercícios foi fundamental.
Com esses dados nas mãos, os pesquisadores puderam enfileirar algumas regras básicas para continuar no peso ideal.
1: jamais passar fome.
2: comer bem, só que de forma balanceada.
3: transformar a atividade física em hábito.
O que está evidente é que o erro primordial das dietas de baixas calorias é deixar a pessoa mal alimentada por período prolongado. Raras pessoas são capazes de passar fome de forma voluntária por mais de algumas semanas – fatalmente chega o momento em que a maioria joga tudo para o alto e ataca uma caixa de bombons.
"Se para perder peso for necessário fechar a boca, os resultados nunca serão duradouros. O próprio corpo se encarrega de impedir o emagrecimento e armazenar energia", diz o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. "Quem é bem-sucedido na dieta põe em primeiro plano a qualidade dos alimentos."
A pesquisa americana mostra que os bem-sucedidos adotaram estratégias para perder peso sem passar fome. A primeira delas diz respeito ao consumo de carboidratos, grupo alimentar presente nos doces, nos pães, nos biscoitos, nas massas, nos grãos e também em diversas frutas e verduras. Mais da metade das pessoas que mantiveram o peso por mais de cinco anos jamais parou de comer carboidratos. Mas soube escolher o tipo. Os que engordam são os chamados carboidratos ruins, que liberam muito açúcar no sangue. Nesse grupo estão os alimentos feitos de açúcar e farinha refinada, como o pão francês e a maioria dos biscoitos. Entre os carboidratos bons, auxiliares no emagrecimento, estão alimentos com fibras, como legumes, verduras e grãos integrais.
Todos os carboidratos se transformam em açúcar logo após digeridos – a diferença é que a quantidade produzida pelos "ruins" é maior. Para transformar esse açúcar em energia, o corpo libera insulina, hormônio cuja função principal é armazenar energia. Quanto maior a quantidade de açúcar, maior a de insulina. Em excesso, esse hormônio não só estoca muita gordura como contribui para dificultar o emagrecimento.
Uma das conclusões a que chegou é que, ao contrário do que recomendam as dietas tradicionais, não é bom privar-se de proteínas nem de gorduras. As proteínas, por exemplo, são imprescindíveis para regular a digestão do carboidrato. "Se você comer macarrão acompanhado de carne, engordará menos do que se comer só a massa, mesmo que o prato tenha as mesmas calorias", diz a nutricionista paulista Mônica Beyruti. "Isso porque as proteínas contidas na carne ajudam a reduzir a liberação do açúcar." Para emagrecer de forma mais saudável, é melhor dar preferência às proteínas "magras", que se encontram nas carnes brancas (peixes e aves), na clara do ovo e na soja. No caso das gorduras, as vilãs nas dietas tradicionais, descobriu-se que ajudam a pessoa a permanecer magra por mais tempo, principalmente porque promovem a sensação de saciedade. Não se trata de comer à vontade qualquer gordura, mas apenas aquele tipo que os médicos chamam de "saudável", que se encontra nas castanhas, nos peixes e no azeite de oliva.
E SAIBA COMO MANTER UMA DIETA SAUDAVEL