Naturalmente os bebês e crianças não param de se mexer. Possuem espontaneamente uma necessidade de movimento constante, o que lhes garante um desenvolvimento psicofísico harmonioso. No entanto, com o passar da idade, as inúmeras atribuições vão tomando parte do dia-a-dia do adulto, sobrando muito pouco ou nenhum tempo para a prática da atividade física.
Como conseqüência do sedentarismo, inúmeros adultos vêem o equilíbrio físico – mental comprometidos, deparando-se, em muitos casos, com sérios problemas de saúde.
Ao praticarem atividade física, as pessoas diminuem o estresse, se sentem mais dispostas, combatem o excesso de peso e elevam a auto-estima. A prática da atividade física traz também benefícios aos sistemas respiratório e circulatório, diminuindo o colesterol, a hipertensão, diabetes e as chances de infarto do miocárdio. Em relação ao sistema músculo-esquelético, aumenta o tônus muscular e a flexibilidade, garantindo a integridade da estrutura esquelética, a correta postura corporal e a execução de tarefas rotineiras.
Os benefícios são vários, porém não são adquiridos de uma hora para outra. A eficácia de um programa de condicionamento físico deve respeitar certos princípios de treinamento, assim como: escolha dos exercícios, intensidade dos estímulos e freqüência do treinamento.
Quando o organismo é submetido a um estímulo de carga, há um decréscimo da capacidade de “performance” esportiva (fadiga), mas com o repouso, o organismo restabelece suas funções normais, superando os níveis anteriores. Este “prêmio” do treinamento é denominado “supercompensação”. Quando não se respeita o período de recuperação, sobrevém um efeito de estresse de treinamento. Quando um estímulo fica muito distante do outro, os efeitos da “supercompensação” são perdidos e volta-se ao nível inicial de capacidade de “performance”.
Para se obter os benefícios da atividade física, o ideal é manter o treinamento de três a cinco vezes por semana.
O praticante de fim de semana ou esporádicos têm que ter em mente que o treinamento, somente neste período, não eleva seu nível de condicionamento físico. Em muitos casos, tentar “tirar o atraso“ dos exercícios, pode até prejudicar a saúde. Por exemplo, ao entrar em um simples jogo de futebol no fim de semana, o jogador poderá impor ao seu organismo um esforço ao qual ele não está acostumado, sobrecarregando músculos, articulações e até o sistema cardio-respiratório.
O praticante de fim de semana tem que se conscientizar de seus limites físicos e do que cada atividade física representa. É importante saber que a prática orientada e consciente (mesmo que somente nos finais de semana) significa uma forma de lazer ativo, fundamental para minimizar o estresse imposto pelo dia-a-dia.
Não esqueça!!! É de extrema importância que qualquer pessoa, antes de iniciar a prática da atividade física, realize uma avaliação médica, e logo depois uma Avaliação e Orientação Física, de modo que a atividade seja condizente com o nível de condicionamento físico de cada um.
Deste modo, respeitando seus limites, pode-se dizer que praticar a atividade física somente nos finais de semana é melhor do que nada, é pelo menos o início de um hábito de vida mais saudável.
Por exemplo, mais vale realizar uma caminhada leve de 20 minutos com uma companhia agradável, do que passar mais um dia sentado. Mas isto não significa que é para se acomodar com esta situação.
Fica então o desafio àqueles que já perceberam o prazer que a atividade física proporciona: encaixar a prática física pelo menos mais uma vez durante a semana. Só assim é que se poderá desfrutar de todos benefícios que a atividade física regular oferece.