O Pico da Bandeira é o ponto mais alto dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, como também de toda a Região Sudeste do Brasil. É também o terceiro ponto mais alto do país, com 2.891,98 metros de altitude.
Quem vive em cidades ao nível do mar ou em localidades relativamente baixas não está acostumado às condições atmosféricas das grandes altitudes, portanto, o organismo sente o impacto da mudança e precisa de tempo para se adaptar.
Quanto maior é a altitude, menor é a pressão atmosférica e mais rarefeito é o ar que respiramos. Também há uma redução na temperatura, que cai em média 6,5 graus a cada 1.000 metros de altura. Por fim, há um aumento na intensidade dos raios solares (que, aliás, podem provocar graves queimaduras). Com o ar rarefeito, somado ao incômodo provocado pelas condições climáticas mais duras, o funcionamento do organismo muda, e podem ocorrer efeitos desconfortáveis.
Acima de aproximadamente 1600m de altitude alguns indivíduos já podem começar a sentir os efeitos da altitude sobre o organismo, como dor de cabeça e vertigem. Acima de 2500m estes efeitos já se tornam mais latentes. De acordo com a idade, o condicionamento cardiovascular e muscular e da existência de doença prévia, o indivíduo pode apresentar desde pequena sensação de desconforto, dificuldade para respirar até um quadro grave de edema pulmonar.
O corpo responde da seguinte maneira: a frequência respiratória aumenta, a frequência cardíaca se acelera e a concentração de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio para os músculos, aumenta no sangue. Nesse período de adaptação, os sintomas mais comuns são respiração curta, dores de cabeça, náusea, vômitos, tontura, insônia (em dois terços dos casos) e perda de apetite (em um terço das pessoas).
TERRERÃO: 3,7km de caminhada... "morro acima"
Indivíduos normotensos podem apresentar pequena elevação da pressão arterial com a altitude e pacientes hipertensos podem sofrer posterior aumento. Pacientes com hipertensão arterial que planejam viajar para altas altitudes devem consultar seus médicos para orientação. Medidas preventivas tais como pequeno aumento na dosagem de anti-hipertensivos, dieta hipossódica e restrição da atividade física nos primeiros dias podem estar indicadas.
É impossível prever se alguém sofrerá com os sintomas ou terá uma adaptação tranquila. Calcula-se que os sintomas negativos sejam sentidos por cerca de 15% das pessoas a 2.000 metros de altura. O índice sobe para 60% quando se chega a 4.000 metros. A mais de 5.000, todas as pessoas sentem algum tipo de efeito negativo.
Qualquer pessoa está sujeita ao problema – fatores como idade ou sexo não são determinantes. A característica que mais pesa na definição de quem sofre ou não com os efeitos da altitude é a condição física. Geralmente, quem está bem condicionado lida melhor com a situação. O bom preparo e o fôlego em dia, porém, não garantem totalmente que uma pessoa ficará livre dos sintomas.
PICO: 6,9 km de subida...Desafio superado!!!
Durante a descida...